O fruto do ventre o seu galardão.

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“Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” (Salmos 127:3)

 

Como um destruidor da vida, Satanás definitivamente não incentiva a procriação. Cada criança que nasce tem o potencial de contrariar seus propósitos ao receber a graça de Deus e tornar-se um súdito do reino de Deus. Desse modo, qualquer coisa que impeça ou desencoraje as mulheres de exercer seu chamado dado por Deus de serem portadoras e doadoras da vida promove os esforços de Satanás.

O processo pelo qual a maioria das pessoas – até mesmo os “crentes” – determina o tamanho da família geralmente é conduzido pelo medo, pelo egoísmo e pela racionalização humanista e natural:

– “Como é que vamos sustentar mais filhos? Mal conseguimos pagar nossas despesas atuais. E as mensalidades da faculdade?”

– “Não posso lidar fisicamente com mais filhos. Estou exausta tentando tomar conta dos dois que já tenho”

– “Eu simplesmente não tenho paciência para lidar com um monte de crianças”

– “Se tivermos [mais] filhos, não teremos tempos para nós como casal”

– “Se tivermos que deixar o Senhor decidir quantos filhos deveríamos ter, teríamos duas dezenas de crianças”.

O mundo diz: “Os filhos são um fardo”. A Palavra de Deus diz que os filhos são uma das maiores bênçãos que ele pode dar a um casal (Salmos 127.3-5). No entanto, olhamos para o céu e dizemos: “Deus, por favor, não envie mais nenhuma bênção!”

O mundo diz: “O propósito do casamento é fazer você feliz . Isso pode ou não incluir filhos”. A Palavra de Deus, por outro lado, ensina que um dos propósitos essenciais do casamento é ter filhos que temem e reverenciam o Senhor (Malaquias 2.15)

Na primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo, somos lembrados de quer ter filhos é um papel básico dado por Deus Às mulheres. Paulo diz que às viúvas mais jovens que “se casem, tenham filhos, dirijam suas casas e evitem dar ao inimigo motivos para difamá-las” (I Timóteo 5.14). Ele afirma no último versículo do capítulo 2 “Todavia, ela será salva dando à luz filhos, desde que permaneça com domínio próprio na fé, no amor e na santificação”.

Claro, isso não quer dizer que a salvação da mulher é obtida por ela ter filhos. Esse versículo tem a mesma construção gramatical que o aviso de Paulo a Timóteo no capítulo 4, versículo 16: “Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nessas coisas. Dessa forma, salvarás a ti mesmo como os que te ouvem”.

Paulo está dizendo que a pregação era o papel de Timóteo e que a perseverança em seu chamado acompanharia a verdadeira conversão. A pregação não era um meio para a salvação de Timóteo, mas um fruto necessário dela. Da mesma forma, a vontade de uma mulher de abraçar seu papel e seu chamado dados por Deus (“ter filhos”), ao invés de se esquivar, é um fruto necessário que acompanhará a salvação verdadeira – é prova de que ela pertence a ele e segue os seus caminhos. (Isso não quer dizer que todas as mulheres são chamadas por Deus para se casar e ter filhos, mas simplesmente que, em geral, esse é o papel central que Deus estabeleceu para as mulheres.)

Maria de Nazaré é um belo exemplo de uma mulher que demonstrou sua fé pela disposição de ter um filho, mesmo quando isso não estava em seus planos. Nem conseguimos imaginar todas as dúvidas que podem ter passado pelo coração dessa adolescente quando o anjo anunciou que ela daria à luz um filho:

– “Sou muito jovem! Não estou pronta para ter um filho.”

– “Não vou poder passar tempo com José e com minhas amigas, pois terei de me dedicar exclusivamente ao bebê.”

– “Quero me instalar na minha nova casa primeiro.”

– “O que todos vão dizer? Ninguém vai entender.”

– “Ainda não temos dinheiro para ter um filho. José está apenas começando seu negócio.”

– “O bebê vai nascer em meio ao censo de César, e nem mesmo estarei em casa.”

Mas nada indica algum tipo de hesitação ou restrição por parte de Maria. Sua resposta simplesmente foi: “Aqui está a serva do Senhor; cumpra-se em mim a tua palavra” (Lucas 1.38). Ela disse, na verdade: Tu és o meu Senhor. Eu sou tua serva. Meu corpo é teu, e aceito qualquer inconveniência ou dificuldade que isso significará para mim. Tudo o que importa para mim é cumprir o propósito pelo qual tu me criaste. Entrego-me alegremente para ser usado como desejares”.

O [próprio] Senhor Jesus, que acolheu as crianças em sua vida, teve tempo para elas e estimulou seus seguidores a fazer o mesmo (Mateus 19.13-15)

Nossa tarefa não é criar filhos que se encaixem neste mundo ou que apenas sobrevivam a ele, mas criar filhos que serão usados por Deus para mudar nosso mundo (Romanos 12.2)

~Nancy Leigh DeMoss | “Mentiras em que as Mulheres acreditam e a Verdade que as liberta”.