Não vos conformeis!

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“E não vos conformeis com este século, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:2)
Esse versículo deixa claro que:
1) Para experimentarmos a vontade de Deus, tal como ela é, não podemos nos conformar com este século, pois ambos estão em oposição, de maneira que, se quisermos viver a vontade de Deus, não podemos seguir a mente e as características do mundo e se, por outro lado, quisermos aderir ao pensamento do mundo, não poderemos experimentar a vontade de Deus.
2) Vivemos em um mundo em inimizade com Deus; somos diariamente bombardeados por vãs filosofias e ideologias. Como resistir a esses pensamentos atrativos?! Como vencer o desafio de ser cristão numa era pós-cristã? O segredo (que não é segredo nenhum) é a transformação da mente por meio do Evangelho; é deixar que a Palavra de Deus domine cada esfera da nossa vida: a forma como enxergamos a sociedade, a política, o trabalho, o sexo, a família, o casamento, os papéis de homem e mulher, o consumo, enfim, tudo.
Somente a Palavra de Deus pode nos proteger de uma cultura desprovida de valor e sentido. Precisamos nos renovar dia após dia diante dela, por meio da sujeição, para que sejamos genuinamente transformados.
A vontade de Deus só é boa, perfeita e agradável para aqueles que não se conformam ao pensamento deste século, caso contrário, ela se torna má, injusta, egoísta, machista, desigual, preconceituosa, intolerante, sem sentido, desagradável, imperfeita, devido à visão deturpada desse mundo. Por isso a Bíblia nos exorta a constantemente renovarmos o nosso pensar conforme a Palavra, pois, somos facilmente seduzidos por discursos que contrariam a vontade de Deus.
Infelizmente, a mentalidade da qual deveríamos fugir tem sido levada para dentro das igrejas e diante disso, a pergunta que devemos responder com sinceridade é: A nossa mentalidade está sendo moldada pelas ideologias e filosofias do mundo ou pela Palavra de Deus? A partir de quais pressupostos afirmamos que esta ou aquela posição bíblica é injusta? Ou, a partir de quais pressupostos consideramos a Bíblia intolerante? Ou ainda, em que nos baseamos ao julgar que a vontade de Deus para as nossas vidas não é boa? Assim como no Éden Satanás levou nossos pais a questionarem se a vontade de Deus era de fato boa, perfeita e agradável, ainda hoje ele usa a cultura, a mídia e tudo o que está ao alcance para distorcer a Sua Palavra e nos fazer questionar aquilo que Ele de fato disse. A tentação segue sendo a mesma.
A triste realidade é que se a nossa mente está conformando ao pensamento desta geração, nunca experimentaremos a vontade de Deus, pois ela sempre será um estorvo e um discurso duro demais (Jo 6:60) é nesse ponto que alguns tentam amenizar a Palavra de Deus e acabam por negá-la completamente.
Infelizmente, muitos cristãos têm tentado adequado o evangelho, conforme a cultura, para deixá-lo mais doce ao paladar, a realidade é que nem eles mesmos conseguem digeri-lo porque já se tornaram parte da cultura. Amam mais ao mundo, mas é difícil admitir, então, preferem se definir como “mente aberta”. Porém, a Bíblia nunca nos ensina a abrir a mente e sim fechá-la para o mundo, levando-a cativa à obediência de Cristo (2 Co 10:5). Veja bem: LEVAR CATIVO. Isso significa que a Bíblia não ensina que devemos esperar até que nossa mente voluntariamente deseje obedecer a Cristo, o ponto aqui é algo muito mais no estilo condução coercitiva. Não é algo voluntário e sim obrigatório. Não é uma sugestão, uma dica de alguém que nos quer bem, mas uma ordem a ser executada.
Por mais difícil que isso seja, tal sujeição é generosamente recompensada. Somente os que se deixam moldar pela Palavra têm acesso às bênçãos da obediência. A vontade se torna doce à medida que nos sujeitamos a ela; então, finalmente experimentamos quão boa, perfeita e agradável é para as nossas vidas. Aquilo que antes parecia imposição se torna desejável, aquilo que antes parecia injusto se torna louvável; distinções que antes pareciam desiguais se tornam complementariamente belas. Deus em sua graça nos concede muito mais do que deixamos no caminho da obediência.
Mas quanto a aqueles que preferem se deixar seduzir pela beleza enganosa dos discursos do mundo é preciso deixar um alerta:
“Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram os vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e minha casa serviremos ao Senhor.”
O preço é alto.
Cada vez mais os cristãos serão os bodes expiatórios da sociedade, os culpados pelos estupros, pela desigualdade social, pelo machismo, pelos abortos clandestinos, pela violência doméstica, pela homofobia e por aí vai; nada disso é novidade, basta olhar para a História. O fato é que cada vez mais precisamos firmar nossos valores, saber no que cremos e porque cremos. Se amamos a Deus precisamos abraçar toda a verdade de Deus, por mais dura, humilhante e contracultural que seja para o mundo. A quem escolheremos servir? A quem escolheremos agradar?
Eu e minha casa serviremos ao Senhor.