Mulheres que edificam

“Toda mulher sábia edifica a sua casa; a insensata, porém, derruba-a com as suas mãos.” (Provérbios 14:1)

Segundo a Bíblia, a mulher sábia é aquela que trabalha para a construção e edificação do seu lar. A mulher insensata, por sua vez, é aquela que com suas próprias mãos a destrói o seu lar. A imagem aqui apresentada é de uma construção, edificar traz a ideia de levar pra cima. Assim como um construtor está empenhado em construir um prédio, a mulher sábia tem como principal alvo a edificação do seu lar. Para tanto, ela empenha seu esforço e dedicação nesta obra. Ela não está tão empenhada em edificar outro prédio senão o seu próprio lar. Já a mulher tola, não só deixa de edificar, como também leva o seu lar à ruina. Em oposição à ação de edificar, suas ações conduzem à ruína e destruição do seu lar.

É interessante que a Bíblia associe a edificação do lar à mulher. Essa missão lhe foi atribuída por Deus desde a Criação. A mulher traz em si os elementos necessários para a construção de um lar. Antes de sua criação não havia lar, mas ao cria-la, Deus instituiu o matrimônio, o lar e a família. A mulher tem em si o instinto de cuidar, acolher, criar um ambiente propício para que as pessoas se sintam amadas e acolhidas. Há um provérbio chinês que diz: “Cem homens podem formar um acampamento, mas é preciso uma mulher para se fazer um lar”.

 “Onde houver uma mulher sábia sempre haverá um lar.”

Qual tem sido a maior reivindicação das feministas atualmente? Abandonar o lar. A Bíblia é muito clara, se uma mulher não está empenhada na edificação da sua casa e o despreza, essa é uma mulher insensata e suas atitudes destruirão o seu próprio lar. É o que temos visto: a negligência e o abandono do lar têm gerado sérios problemas familiares. A chamada “liberdade” feminina tem custado caro às famílias, impõe às mulheres que passem mais tempo fora do que dentro de suas casas, que invistam mais do seu tempo em negócios do que na edificação do seu lar. O lar se tornou secundário e desprezível para muitas mulheres. Enquanto as mulheres solteiras evitam se casar para não desperdiçar seus dons e capacidade, as casadas veem o lar como enfado e buscam uma fuga desse ambiente que outrora foi descrito como “um lugar separado, um jardim murado, em quecertas virtudes facilmente esmagadas pela vida moderna, poderiam ser preservadas”. 

Muitas mulheres casadas têm uma visão tão negativa e opressiva do lar que aconselham as solteiras a permanecem assim, pois a verdadeira felicidade consiste em não estar “presa” ao lar e à família.

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Muitas vezes a Bíblia fala da sabedoria e da insensatez, mas é no mínimo curioso que ela relacione a sabedoria da mulher ao lar. Se uma mulher não cuida da sua casa nem dos seus, ela falhou em sua missão fundamental. Ela pode até ser bem sucedida fora de casa, mas que triste é, após um longo e cansativo dia de trabalho, retornar para um lar arruinado.

O resultado do Feminismo são casas derrubadas pelas mãos de mulheres insensatas. Com as mães passando cada vez menos tempo dentro de casa, o que se tem são relacionamentos distantes e superficiais, casamentos arruinados, filhos problemáticos e suscetíveis a abusos (longe de suas mães).

Tendo conseguido um novo tipo de liberdade, muitas mulheres hoje em dia estão se dedicando a empreendimentos em todos os lugares, menos no lar. Deixando de lado sua função de esposa e mãe, ou as mulheres estão engajadas no serviço voluntário, a fim de alcançarem reconhecimento da comunidade, ou estão seguindo carreiras profissionais que lhe prometem dinheiro e poder.  (Dorothy Patterson)

O resultado do Feminismo são casas derrubadas pelas mãos de mulheres insensatas. Com as mães passando cada vez menos tempo dentro de casa, o que se tem são relacionamentos distantes e superficiais, casamentos arruinados, filhos problemáticos e mais suscetíveis a abusos.

Antigamente, os filhos eram educados pelas mães até a idade pré-escolar. Eles recebiam o cuidado e a proteção que somente o seio materno pode proporcionar. Mas o abandono (e terceirização) das responsabilidades da criação de filhos tem sido um marco na história da humanidade, de modo que cada vez mais cedo as crianças vão para creches e escolas.

Nenhuma professora pode dar a mesma atenção que uma mãe – até porque essa mesma atenção deve ser dividida entre outras vinte crianças ou mais. Nenhuma merendeira, por mais qualificada, pode fazer uma refeição com o mesmo carinho, cuidado e amor que uma mãe.

Não desprezo o trabalho que as professoras desempenham com tanto esforço e dedicação (e também reconheço que muitas delas têm sido mais amorosas do que as genitoras de algumas crianças que são simplesmente “jogadas” em suas mãos). Todavia, por melhores que possam ser elas não substituem a responsabilidade dos pais (curiosamente, cada vez mais os pais atribuem à escola a responsabilidade de educar seus filhos!).

Em estudos recentes foi constatado que: “crianças em creches são mais propensas a desenvolver apego inseguro aos seus pais […] segundo vários estudos de acompanhamento de crianças com um histórico de ausência dos pais prematura mostram séria agressividade, menos cooperação, menos tolerância de frustração, mau comportamento e, às vezes, alienação social […] Os pesquisadores concluíram que muitas crianças interpretam separações diárias de suas mães que trabalham fora como rejeição, e se protege dela retraindo-se das mães”.

Como disse Dorothy Patterson: “Ninguém – nem professor, nem pregador, nem psicólogo – tem a mesma oportunidade de moldar as vidas dos filhos, nutrir seus corpos e desenvolver seu potencial de utilidade a não ser uma mãe”. Que grande responsabilidade Deus delegou às mulheres, moldar as vidas dos filhos! Que melhor maneira de influenciar a sociedade senão criar filhos para refletirem a glória de Deus neste mundo?!

Muitas mulheres se entregam precipitadamente a profissões fora do lar, decididas a não desperdiçar tempo algum no serviço doméstico e no lidar com as crianças. É verdade que muitos “empregos perfeitos” podem surgir e desaparecer durante os anos em que criamos nossos filhos, mas há uma oportunidade que nunca retornará – a de criar os próprios filhos, permitindo-lhes o privilégio de crescer em casa. (Dorothy Patterson)

O enfraquecimento dos laços familiares e a atitude negligente para com as responsabilidades familiares tem resultado em problemas no comportamento das crianças e dos jovens, problemas em nossa moral, cultura e trabalho. Quando o pai e a mãe passam mais tempo fora de casa, o lar deixa de ser prioridade; as crianças se sentem abandonadas e desamparadas. Ao buscar igualdade plena e abandonar o lar, muitas mulheres têm negligenciado sua principal missão.

 O feminismo é um movimento social que exige tudo. A atriz Katherine Hepburn disse em uma entrevista: “Eu não estou certa de que uma mulher possa, com sucesso, galgar uma carreira e ser mãe ao mesmo tempo. O problema com as mulheres hoje é que elas querem tudo. Mas ninguém pode possuir tudo. Minha vida não foi atrapalhada pelos filhos, pois não os tive. Tampouco atrapalhei a vida deles, trazendo-os ao mundo e, depois, abandonando-os para seguir minha carreira”. (Dorothy Patterson)

Vivemos tempos em que lar, casamento, família e filhos são os últimos itens da lista na vida de uma mulher. Enquanto solteiras, temos a liberdade de cultivar interesses por outras áreas: estudar, trabalhar dobrado, viajar, estabelecer metas pessoais, mas isso não implica em menosprezar a vida do lar. Desde cedo devemos cultivar esse interesse pelo lar e pelas pessoas que compõem a nossa família. Em meio a essa revolução (feminina?) feminista, nós mulheres cristãs devemos sempre nos voltar para o que a Palavra de Deus diz:

“Toda mulher sábia edifica a sua casa

Salmos 111:10 diz que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. A sabedoria da mulher nasce no temor que ela tem do Senhor, mas esta sabedoria se reflete também no seu lar, na forma como lida com tudo que diz respeito a esse pequeno círculo que Deus colocou em suas mãos. Ela tem o poder de edificar ou destruí-lo, tudo irá depender do seu empenho e dedicação. Não terceirize o seu papel. Enquanto solteiras, devemos nos familiarizar com a ideia de cuidar do lar, ter prazer e não aversão a esse ambiente que faz e fará parte de nossas vidas, fugindo das armadilhas do pensamento secular que tenta nos enredar.

Isso não quer dizer que a mulher não possa ter vida fora do lar, mas sim que o lar é sua principal esfera de atuação, e é lá onde sua sabedoria deve ser vista e aplicada primordialmente. Segundo a Bíblia, o feminismo é tolice, pois, não está interessado em edificar, mas em destruir o lar, na medida em que não o vê como prioridade.

Qual tem sido a sua visão a respeito do lar? Você tem sido uma mulher sábia ou tola?

Pense nisso!

Que sejamos mulheres que edificam.

No amor de Cristo

Prisca Lessa