FUJA DA TENTAÇÃO!

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Run, Forest, Run!

Como você lida com a tentação em sua vida?

Essa pode ser uma pergunta difícil de responder. Raramente paramos para pensar sobre nossas tentações; de onde vêm e porque somos tentados em determinadas áreas enquanto outros não são. Às vezes, parece que somente nós enfrentamos determinadas tentações e, frequentemente, isso nos envergonha. Com o crescente uso das redes sociais se tornou ainda mais fácil julgar segundo a aparência, isso faz com que tenhamos uma visão romântica das pessoas que admiramos e seguimos, e também faz com que tentemos transmitir certa perfeição para aqueles que nos acompanham. Mas, por maior que seja a espiritualidade, piedade ou intelectualidade compartilhada nas redes socais, não podemos nos esquecer de que por trás da tela sempre há um pecador necessitado da graça de Deus; que por trás de cada belo rosto há um coração corrompido pelo pecado. Essa é a realidade de todos nós. Portanto, se você tem enfrentado tentações em sua vida, puxe uma cadeira e vamos falar sobre isso.

#somostodostentados

A Bíblia afirma que todos nós enfrentamos tentações, quer estejamos caminhando com Cristo há cinco, dez ou trinta anos; elas podem não ser as mesmas, mas ninguém está imune. Cada um de nós é tentado por uma razão: todos carregamos a semente da cobiça em nossos corações. Segundo Tiago (2:13-15), a cobiça dá à luz ao pecado. Em outras palavras, ela é a mãe do pecado, podendo se manifestar de formas diferentes para cada um de nós: para uns, ela se manifesta principalmente em questões sexuais, para outros, na área emocional, para outros, em sua relação com o dinheiro, e assim sucessivamente. Mas, seja qual for a tentação, a gênese é sempre a mesma: a cobiça. Quando pensamos em tentação e pecado, nossa tendência é falar dos fatores externos a nós, mas, o que a Escritura nos ensina é que guerras, contendas, adultérios, roubos, maledicência; todo este mal tem sua origem no coração do homem. Jesus foi claro ao mostrar que o que ocorre no nosso coração é tão importante e urgente quanto o que ocorre fora dele (Mt 5:21-22, 27-28), porque na realidade, nossas ações apenas refletem o coração.

Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem.” (Pv 27:19).

Toda tentação tem algo a nos dizer sobre a condição do nosso coração. Se a cobiça é a raiz da tentação e a mãe do pecado, cada vez que pecamos apenas exteriorizamos algo que já estava sendo gerado em nosso coração. Assim como um bebê não nasce repentinamente, o pecado nunca ocorre repentinamente. Jesus disse que a boca fala do que está cheio o coração. Geralmente quando pecamos, nos justificamos com frases como: Eu não sei como fui capaz de fazer/dizer isso; eu estava “fora” de mim – quando na realidade, deveríamos dizer que deixamos que o nosso “eu” tomasse conta de nós.

Na segunda tábua da Lei, o Senhor incluiu como décimo e último mandamento: “Não cobiçarás”; antes deste constam outros mandamentos como: não matarás, não furtarás, não adulterarás. É interessante refletir sobre isso, pois, o último mandamento nos mostra que a cobiça – que em outras circunstâncias poderia ser vista como algo inofensivo – é um pecado radical e mortal. Afinal, o que leva alguém a matar ao seu próximo?!; o que leva alguém a roubar o seu próximo?!; o que leva alguém ao adultério?! Ora, a cobiça! Desde o Antigo Testamento, a Lei aponta para o fato de que o que precisa ser tratado é o coração, o interior do copo, como disse Jesus (Mt 23:26). Tiago sintetiza isso dizendo que somos tentados por aquilo que cobiçamos. Portanto, se queremos vencer a tentação precisamos vencer a cobiça; e, uma vez que ela nasce no coração, é lá que a luta se inicia.

Quero exemplificar com um episódio bíblico muito conhecido: Gênesis 39. A história nos conta que José era assediado pela esposa de Potifar, não temos detalhes do quanto tempo isso durou, o que sabemos é que houve um momento em que as coisas se agravaram a tal ponto que José não teve outra alternativa senão fugir. Por mais que a tendência seja enxergar os personagens bíblicos como heróis, devemos ter em mente que eles eram pecadores como nós. José era um jovem comum, servo de Deus, porém humano; a Bíblia relata que ele era muito bonito, havia sangue e hormônios correndo em seu corpo. Sendo um jovem comum, não seria absurdo pensar que José também enfrentava tentações na área sexual. Afinal, manter-se puro é um desafio enfrentado por jovens de todas as gerações. Para piorar a situação de José, pensemos na mulher de Potifar. Como será que ela era? Imagino que não se tratava de uma mulher feia e sem graça, obviamente que não, afinal, ela era esposa de um oficial de faraó. Talvez essa mulher estivesse acostumada a usar sua beleza e sedução para obter tudo quanto queria; ela não iria se contentar com o não de um escravo.Então, José, se vê diante de um desafio: como lidar com o assédio?Como lidar com tais investidas? Como resistir à tentação de possuir aquela mulher?

O que fez José fugir? Ele não fugiu porque a esposa de Potifar era feia, pelo contrário, José fugiu porque ela era tentadora e ele fraco o bastante para cair na tentação; José conhecia seu próprio coração.

Quando José fugiu da esposa de Potifar, ele não fugiu somente dela, ele fugiu de si mesmo.

Um dos primeiros passos para lidarmos com a tentação é conhecer o nosso coração, Jesus disse que do coração do homem é que procedem os maus intentos – adultério, prostituição, entre muitos outros (Mt 15:19). Com base nesse ensino, podemos concluir que a luta contra o pecado é travada primeiramente do lado de dentro, nossa luta começa no coração. A luta de José não era, primeiramente, contra a mulher de Potifar, mas contra si mesmo. José conhecia o seu coração, ele conhecia sua cobiça, o seu maior problema não era aquela mulher, mas o seu próprio eu. Poderia ser outra mulher, poderia ser uma mulher solteira, poderia ser a mulher de um outro homem. O ponto não é quem está me tentando, mas porque algo tem sido tentação para mim. É preciso descobrir a raiz disso. Essa raiz sempre se encontra no coração.

Independente de qual seja a tentação, a raiz é sempre a mesma: a cobiça. Nesse sentido, somos nivelados, porque, embora manifestemos nossa pecaminosidade de formas diferentes, sofremos a mesma miséria. Nem todos estamos fugindo da mulher de Potifar como José, mas todos devemos fugir da cobiça de nosso coração e, consequentemente, daquilo que nos atrai.

Nossas ações refletem nosso coração, elas são os frutos. Por vezes, estamos tão preocupados em mudar o nosso comportamento; em deixar de cometer determinado pecado, mas, vez após vez, nos vemos caindo no mesmo pecado. A razão disso é que gastamos tempo demais limpando o exterior do copo, e por mais que o limpemos, o copo continua sujo.

Contra o que você tem lutado? Como você tem lutado?

Talvez o seu pecado seja a ira e você tem tentado, em vão, contar até cem, pensar em coisas positivas, ou até mesmo evitado ver ou pensar em determinadas pessoas; mas, o ponto é saber: por que você se ira? A razão pode ser o fato de você não gostar de ser contrariado; seu desejo de ter o controle absoluto de tudo que te cerca, ou, querer que as pessoas te sirvam fazendo todas as suas vontades. Observe um bebê, como ele reage quando não tem suas necessidades supridas? Mesmo tão pequeno, ele expressa sua ira. A diferença entre nós e ele é que não saímos berrando por aí (!). Essa pode ser a raiz do seu pecado, e se for, você tem descontado isso nas pessoas ao seu redor colocando sobre elas a culpa de algo que precisa ser resolvido primeiro internamente – não que os outros não tenham responsabilidade, pois, Paulo diz aos pais que não devem provocar a ira de seus filhos. Mas o fato é que cada um tem a sua parcela de responsabilidade e não devemos nos ausentar da nossa.

Talvez, o seu pecado seja a pornografia, e você se esforce bastante para deixar de ver, colocando mecanismos no celular para impedir isso, tentando dormir mais cedo ou deixando de assistir a determinados tipos de filmes; mas, a pergunta a ser feita é: o que te leva a buscar pornografia? A busca por autossatisfação, impaciência, ansiedade? Talvez você seja um hedonista e faça tudo pelo seu prazer. O centro da sua vida é a sua própria satisfação e para isso você está disposto a desobedecer a Deus. Você busca na pornografia satisfazer a si mesmo, quando a sua busca deveria ser satisfazer a Deus, e, se este é o caso, então, você faz de si o seu próprio deus. Eis o âmago da questão.

Lembro-me que por muito tempo nutri ódio por uma colega. Havíamos enfrentado situações muito difíceis e pensei que a melhor solução seria deixar de vê-la; passei a fazer de tudo para não ir a lugares que eu sabia que ela estaria. Foi assim por quase um ano, crendo que havia vencido o problema, mas, cada vez que eu ouvia o seu nome ou ficava sabendo que algo bom lhe acontecera, eu ficava mal. Eu sempre orei para que Deusremovesse esse sentimento domeu coração. Sem sucesso. Até que comecei a investigar o meu coração. Mudei minha oração, ao invés de pedir a Deus para que tirasse o sentimento, passei a pedir para que Ele me mostrasse a raiz disso. Demorou, mas, com o tempo comecei a ver que meu ódio resultava de inveja. É fato que ela tinha me magoado, mas minha mágoa foi apenas uma máscara para o real problema. Nós éramos tão diferentes, eu criticava o jeito dela – tão oposto ao meu! – mas no fundo, eu queria ser como ela. Quando me dei conta disso, pedi perdão a Deus por ter me deixado levar pela inveja a tal ponto. Não foi fácil e foi um longo processo até que eu pudesse pedir perdão e me reconciliar com essa moça. Ela não soube que eu a invejava, mas, pedi perdão por minhas atitudes contra ela. Passaram anos até que pudéssemos nos considerar amigas, isso foi graça de Deus, pois, eu esperava que não conseguíssemos construir uma boa relação depois de tantas dificuldades, mas, Deus foi bondoso. Sei que não estou imune do ódio e da inveja, mas, me tornei mais desconfiada a respeito do meu coração, cada vez que percebo certa antipatia, logo corro para o médico dos médicos e solicito um exame detalhado do coração (Sonda-me, oh Deus – Sl 139), o Seu diagnóstico é sempre preciso.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” Pv 4.23

A resposta de José diante da tentação foi a fuga. E é isso que a Bíblia nos exorta a fazer: fugir da tentação. Muitas vezes preferimos ficar flertando com a tentação, temos prazer em ser seduzidos por ela e achamos que essa sedução não irá dar à luz ao pecado. Pensamos que se formos só até certo ponto, podemos obter o prazer da tentação sem a consequência do pecado, assim, damos certa liberdade aos nossos desejos sexuais, certa liberdade à maledicência, ao rancor, à ira, às nossas compulsões. Ingenuamente andamos com a “mulher adúltera acreditando que somos fortes o bastante para não sermos atraídos para o seu leito.

Se você se sente incapaz de vencer um urso, você corre. Nosso problema é que nos achamos fortes demais.

Podemos fazer um paralelo interessante entre José e outro personagem de Gênesis: Caim, o primeiro homicida. Gênesis 4:1-5 nos conta que após ter sua oferta recusada e a de seu irmão aceita, Caim se enfureceu e lhe caiu o semblante. Mas, Caim não percebeu os sinais de perigo; ele não atentou para a fraqueza do seu próprio coração; seu alvo estava em Abel. Porém, Deus, misericordiosamente lhe mostrou o que ele não via: a condição do seu coração; o pecado estava à porta. A cobiça já havia seduzido Caime o pecado estava prestes a nascer; prontoa dominá-lo, mas,ele não devia se deixar dominar.

O pecado sempre quer exercer domínio sobre nós; engana-se quem pensa que pode dominar o pecado que pratica. A prática do pecado é a prova de que é ele que está no comando.

É muito mais fácil perceber pecados externos, pois são evidentes. Dificilmente nos damos conta dos pecados do coração, pois julgá-lo e reconhecer nossas fraquezas secretas é humilhante.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17:9)

É muito mais difícil diagnosticarmos a cobiça. A atitude de Deus com Caim revela que essa é uma obra que somente o Espírito é capaz de operar. Somos cegos para as profundas misérias do nosso coração. Deus tem olhos que nós não temos, Ele nos vê além das aparências, Ele nos vê do avesso. Ele viu o interior de Caim.Caim teve a chance de reconhecer sua fraqueza e, com a graça, de Deus vencê-la, porém, decidiu ignorá-la e fazer-se forte aos seus próprios olhos. Na sua percepção levar a cabo seus desejos e satisfazer suas paixões o faria triunfante, mas, na realidade,quem saiu derrotado foi Caim.Esse é o caminho da tentação, ela nos ilude, nos diz que se cedermos aos seus intentos, seremos melhores. A oferta da falta de perdão e da mágoa, por exemplo, parece saborosa ao paladar, mas, logo se torna amarga. Tão logo cedemos à tentação, o pecado nos derrota.

Caim confiou em si mesmo, subestimando o ódio que brotava em seu coração, não atendeu o alerta Divino, ignorou o sinal amarelo e não pôde parar a tempo (não ignore os sinais amarelos!). Nossos sentimentos são como um carro desgovernado, não são seguros!Por não reconhecer sua fraqueza, Caim foi dominado.  Esse é um ponto delicado. Não é fácil reconhecer as fraquezas do nosso coração, não é fácil descortinar o coração e admitir nossos pensamentos, desejos e intenções. Mas, Deus sabe, Ele sempre sabe e nos chama, vez após vez, assim como fez com Caim, a nos despirmos e nos arrependermos. Esse é um chamado diário da graça de Deus. Eu disse aqui que descobri há algum tempo que sentia inveja de uma colega; admitir isso foi difícil, pois, o meu orgulho não permitia. Eu queria ser superior, eu queria não sentir isso, quão humilhante era! Quão humilhante seria para Caim admitir que ele invejou e odiou a seu irmão (mais novo!). Mas, a humilhação é um passo importante para vencermos a tentação. Precisamos de disposição para confessara condição do nosso coração perante Deus. Não é fácil, mas é libertador.

Precisamos reconhecer nossa fraqueza e, então, correr para Aquele que é forte!

É vital que conheçamos o nosso coração para então percebermos nossas fraquezas. Como fazemos isso? Por meio da ação do Espírito de Deus. Ele vê o que não vemos, Ele é quem nos diz: O teu desejo é contra Ti, mas te compete dominá-lo. Ele não apenas diz que devemos dominar nossa cobiça, mas Ele nos ajuda afazer isso, pois sabe que não somos capazes por nossas próprias forças. Quando Deus falou “o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”, Deus estava estendendo a Caim um convite de graça, um convite para que ele depositasse suas fraquezas diante de Deus. Mas Caim, não atendeu à voz do Senhor e… sabemos o fim desta história.

Uma vez que conhecemos o nosso coração e reconhecemos nossas fraquezas, precisamos parar de alimentar pensamentos, sentimentos e ações que nos induzam ao pecado. Caim cultivou seu ódio por Abel; ao invés de afastar-se do irmão e fugir, ele chegou bem perto, perto o bastante para satisfazer seu desejo. Quão diferente foi José, ele não ficou rondando a esposa de Potifar, pelo contrário José evitava até mesmo a companhia dela. Essa é a forma prática de como devemos lidar com a tentação. Você pode reconhecer o seu pecado, se humilhar, confessar diante de Deus, mas, se não parar de dar chance à tentação, de nada valerá.

Um exemplo prático disso é a forma como alimentamos certos sentimentos: mesmo sabendo que não devemos odiar ao próximo, ocasionalmente nutrimos certa antipatia, nos permitimos falar mal da pessoa; alimentamos aamargura… Se eu sei que relembrar coisas que ocorreram no passado me trará rancor contra meu cônjuge, contra os meus pais, ou qualquer outra pessoa, por que insisto em relembrar?!Se sei que ficar até tarde fora de casa com o meu namorado ou assistir filmes a sós com ele não é saudável, por que fazer isso? Se eu não tenho a menor intenção de me relacionar amorosamente com certa pessoa (ou vice-versa), então, porque nutrir esperanças? Não sejamos como Caim, não podemos subestimar o pecado, é preciso fazer guerra contra ele.

É muito mais fácil e prazeroso deixar que a tentação nos envolva, ela é sempre tão sedutora…Ela diz: “você tem o direito de não perdoar determinada pessoa”; ela alimenta o nosso ego, diz a José o quão bonito e desejável ele é; ela nos dá oportunidades: não há ninguém por perto, ninguém ficara sabendo…Mas, seu fim é sempre amargo, trágico, destrutivo.

Caim não fugiu de si mesmo, porque enxergava o problema como algo externo, seu alvo estava em Abel e não em seu coração. José, contudo, fugiu porque enxergou o perigo que representava para si mesmo.

Mas, como disse à princípio, José não é um herói, ele está bem longe disso. Como qualquer um, ele caiu em tentações ao longo de sua vida; ele foi apenas mais um homem imperfeito que viveu sobre a face da terra. Mas, há um homem perfeito que viveu sobre a terra e não pecou, é nele que devemos depositar nossas esperanças: Cristo Jesus!Ele resistiu a todas as tentações sem nunca pecar. No madeiro Ele venceu o pecado. Por isso, a cruz não é sinal de derrota para o cristão, mas símbolo de vitória; foi nela que Cristo triunfou sobre os nossos pecados! Essa é a nossa esperança eterna, é nesse fato que devemos encontrar esperanças para vencer a tentação, resistir ao Diabo e fugir para Deus. Cristo já venceu esse pecado contra o qual você tem lutado, e somente nEle você encontrará forças para vencer. Quando se sentir tentado, olhe para Cristo, busque-O, clame a Ele, Ele prometeu que nunca nos deixará, nunca nos abandonará.

Quando Eva foi tentada no Jardim, Satanás usou a Palavra de Deus (distorcida) e Eva se deixou iludir, ela creu nas palavras da serpente. O pecado é essencialmente incredulidade; cada vez que pecamos, estamos deixando de crer na Palavra de Deus e crendo nas palavras de Satanás. A tentação é sempre um conflito entre a verdade de Deus e a mentira de Satanás, portanto, quando nos apegamos à Verdade, vencemos à tentação, quando cedemos à mentira, pecamos. Quando Satanás se aproximou de Jesus para lhe oferecer as glórias deste mundo, ele, mais uma vez, usou a Palavra de Deus distorcida, mas, desta vez, não obteve vitória, pois Cristo não somente conhecia a Verdade, mas Ele é a própria Verdade. A Verdade triunfou sobre a mentira. Por isso, um passo importante para vencermos a tentação é nos munirmos com a espada da Verdade, devemos estar afiados na Palavra. Guardá-la no coração para não pecar contra Deus, caso contrário, estamos fadados ao fracasso espiritual.

I João 2:14b: “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”. Observe a sequência do texto, a lógica é: jovens sois fortes porque a Palavra de Deus permanece em vós, e porque a Palavra de Deus permanece em vós, tendes vencido o Maligno. Não há como vencer a tentação se a Palavra de Deus não tiver lugar em nossas vidas. Uma vida de negligência devocional é uma armadilha e tanto para o cristão! A vitória diária sobre o pecado está condicionada ao uso dos meios de graça, sendo, a oração, a leitura da Palavra, a meditação, a comunhão com a igreja e a obediência às ordenanças do Evangelho. Por isso, olhe para Cristo, nutra uma vida de oração e meditação na Palavra, deixe que ela ilumine e mostre o teu coração e fuja da tentação. Não somos fortes o bastante, mas o Senhor é a nossa força. Fujamos.

Que o Senhor nos ajude!

No Amor de Cristo,

Prisca Lessa