Feminismo: o que a Bíblia tem a dizer?

Ps: A ironia dessa imagem tipicamente usada para promover o Feminismo é dupla. Primeiramente porque ela não foi idealizada para “empoderar” ou dizer às mulheres que elas não precisavam dos homens, pelo contrário, foi uma campanha veiculada durante a II Guerra Mundial para incentivar as mulheres a trabalharem fora de casa. Uma vez que os homens estavam na guerra, a economia precisava continuar girando, inclusive para produzir suprimentos para os soldados. Além disso, essas mulheres sem dúvida, não viam a hora de ter seus pais, maridos, noivos e amigos de volta em segurança, então trabalhar não era só questão de sobrevivência, mas um meio de trazê-los de volta para casa. Elas fizeram isso pelos homens e por suas famílias.

Esse cartaz teve pouca influência durante a II Guerra Mundial e só ganhou destaque no pós-guerra, quando o movimento Feminista (Segunda Onda) se apropriou dele como símbolo de “empoderamento” feminino. a segunda ironia dessa imagem é que ela foi inspirada numa moça chamada Geraldine Doyle. Geraldine ficou famosa no mundo, quando foi utilizada como modelo para o cartaz e a sua figura hoje é associada à luta feminista, porém, ironicamente  Geraldine é o modelo clássico de mulher que as feministas odeia (!). Ela era conservadora, tocava violoncelo e temia machucar as mãos nas máquinas de prensagem e alegava que o trabalho nas fábricas era pesado e perigoso demais para uma mulher. Trabalhou por apenas duas semanas por conta desse receio. Durante o breve tempo que ela trabalhou na fábrica, um fotógrafo tirou uma foto dela. A força de Geraldine. Logo depois de sair do trabalho como prensadora de metal, Geraldine Hoff conheceu e casou-se com o dentista Leo Doyle em 1943, onde passou a viver como uma dona de casa. O casal teve seis filhos (um filho, Gary, morreu em 1980) e permaneceram casados até sua morte em fevereiro de 2010. Ela faleceu, aos 86 anos de idade sendo bela, recatada e do lar.

Dito isso, vamos ao que interessa.

Até meus 15 anos, eu nunca tinha ouvido falar sobre Feminismo e eu era feliz, apesar de tudo, mas nos último anos, o Feminismo cresceu de tal forma que meninas de 5 anos se dizem feministas, o maios preocupante ainda é que muitas meninas cristãs (principalmente entre 15 e 23 anos) têm sido fortemente influenciadas pelas ideias desse movimento. Diante disso, acho urgente estudarmos sobre o assunto e falarmos sobre ele em nossas igrejas, porque se a Igreja não tiver voz e resoluções à respeito, o mundo já as tem e elas serão facilmente induzidas a abraçar essa ideologia (na escola, na faculdade, na mídia).

Um dos problemas do Feminismo é que ele não é uma coisa só, ele é um pacote, é como quando você assina um pacote de TV a cabo, você não quer levar o canal de Agropecuária nem o de tapete persa (rs) porque você NÃO GOSTA, mas ou você leva tudo ou não leva nada. O Feminismo é parecido com isso, você pode não concordar com o aborto, por exemplo, mas se você se declara FE-MI-NIS-TA a legalização do aborto vem no pacote, entre outros aspectos (como ideologia de gêneros) que vamos explorar mais pra frente.  Mas desde já quero salientar que: “Você não precisa ser feminista para lutar em favor das mulheres, a Bíblia é o livro que mais valoriza as mulheres e ela não dá margem para feminismos e nem machismos”.

Um dos problemas do Feminismo é que ele não é uma coisa só, ele é um pacote, é como quando você assina um pacote de TV a cabo, você não quer levar o canal de Agropecuária nem o de tapete persa (rs) porque você NÃO GOSTA, mas ou você leva tudo ou não leva nada. O Feminismo é parecido com isso, você pode não concordar com o aborto, por exemplo, mas se você se declara FE-MI-NIS-TA a legalização do aborto vem no pacote, entre outros aspectos (como ideologia de gêneros) que vamosexplorar mais pra frente. Mas desde já quero salientar que: “Você não precisa ser feminista para lutar em favor das mulheres, a Bíblia é o livro que mais valoriza as mulheres e ela não dá margem para feminismos e nem machismos”.

Ps: antes que alguém diga que feminismo não é equivalente a machismo (e que eu estou confundindo feminismo com femismo), sugiro que acompanhe os posts porque o problema não é ser equivalente ou não, mas ser bíblico ou não.

Minha proposta é falar do assunto para meninas, moças, mulheres cristãs, e se você é cristã E feminista quero muito que você leia todos esses posts. Comecei a estudar sobre o assunto por causa do TCC e confesso que tenho me apaixonado cada vez mais por isso e quero levar esse assunto muito além das normas da ABNT. Faço isso com muito amor e tenho sido constantemente confrontada e constrangida pela Palavra. Minha posição não é neutra, porque não concordo com o Feminismo, desde que percebi que ele vai contra princípios básicos da fé cristã, por isso, minha intenção aqui é mostrar o que a Bíblia diz e incentivar você a abrir a Bíblia e tirar suas próprias dúvidas, orar a respeito e pedir a Deus que ilumine sua mente e coração. Assim como uma moça gentilmente veio falar comigo após uma palestra sobre feminismo, ela disse: “sou feminista, mas quero ouvir o que a palavra de Deus tem a me dizer sobre isso, se eu estiver errada, eu quero obedecer a Bíblia, mesmo que isso doa em mim”. Nossa prioridade como cristãs é sempre a Palavra de Deus, por vezes ela nos fere, nos humilha, mata o nosso ego, mas sabemos que ela também nos cura e transforma, minha oração é que a nossa mente seja profundamente renovada pela Palavra de Deus.

“Não vos conformeis com este século, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2)

Dúvidas e comentários são bem vindos  🙂

Começo com um breve resumo do Movimento Feminista (pra quem ainda não conhece). Minha intenção não é dar uma aula de Feminismo nem entrar nos pormenores, até porque o Feminismo ocorreu em vários lugares do mundo e em vários momentos e assim tem sido até hoje. esta é apenas uma introdução para o foco central que é o que a Bíblia tem a dizer. Quem tiver interesse em se aprofundar pode pesquisar melhor a respeito, minhas fontes bibliográficas estarão no final do post.

O Feminismo se define basicamente como um movimento que defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens”.

Uma definição bem abrangente é “Feminismo é um movimento social, filosófico e político que tem como objetivo direitos iguais e uma vivência humana por meio do EMPODERAMENTO FEMININO e da libertação de padrões opressores PATRIARCAIS, baseados em normas de gênero”.

Essa definição traz dois termos importantes: EMPODERAMENTO feminino e PATRIALCAL. O empoderamento feminino nada mais é do que dar poder às mulheres. Criar meios para que as mulheres tenham poder, isso pode ocorrer de várias formas, umas das opções é criar cotas pra que mais mulheres sejam contratadas; cotas para que mais mulheres tenham formação e áreas que são majoritariamente masculinas. Por exemplo, se há dois candidatos a uma vaga na empresa sendo um homem e uma mulher, o empoderamento sugere que se contrate a mulher.

O segundo termo a destacar é “patriarcal” ou “patriarcado” ele diz respeito a uma estrutura familiar que o feminismo quer combater. O termo patriarca tem sua origem em duas palavras gregas: pater, que significa “pai” e arche, que significa “governo”, “liderança” ou “chefia”. Em outras palavras, o patriarcado é a estrutura em que o pai é o chefe da família. É uma estrutura familiar e social em que o homem é o líder, responsável e sustentador. Essa estrutura tem sido chamada de opressora porque segundo as feministas ela inferioriza e humilha a mulher.  As feministas veem o patriarcado como a causa última do descontentamento das mulheres. De acordo com elas, o patriarcado foi o poder dos homens que oprimiu as mulheres e o responsável pela infelicidade delas. Então, elas concluem que a destruição do patriarcado trará de volta a plenitude das mulheres. A libertação do patriarcado trará integridade às mulheres.

O Feminismo não é um movimento pontual, pois, ele ocorreu em vários momentos da história, em lugares diferentes e por razões diferentes. Então, a fim de compreendê-lo da melhor forma, ele é dividido em três ondas que são marcadas pelas conquistas mais importantes do movimento.

A primeira onda do Feminismo ocorreu durante o século XIX e o fim do século XX e essa fase é caracterizada pela intensa atividade das mulheres na Grã-Bretanha, França e nos Estados Unidos. Inicialmente esse movimento tinha como foco basicamente a promoção dos direitos jurídicos, como a questão do direito à propriedade, oposição aos casamentos arranjados e à propriedade de mulheres e filhos pelos seus maridos, o direito ao divórcio e o acesso à educação. No final do século XIX, o objetivo do movimento focou, principalmente, a conquista do poder político, especialmente o direito ao voto.

A segunda onda do feminismo teve como objetivo a liberação da mulher e teve início na segunda metade da década de 1960 e durou até o final dos anos 1980. Essa onda é marcada pela organização e a luta pela conquista de direitos políticos, e especialmente com a luta pela completa igualdade entre os sexos. O slogan dessa segunda onda foi “O pessoal é político” e identificava o problema da desigualdade como a união de problemas culturais e políticos. Em outras palavras: Os problemas pessoais eram políticos, então nessa segunda onda as feministas encorajavam as mulheres a serem politizadas e combaterem as estruturas machistas de poder. Nesse período surgiram nos Estados Unidos expressões como “Liberação das mulheres”. Protestos feministas ficaram associados a essa fase do feminismo. Essa Segunda Onda também passou a criticar a concepção tradicional da mulher exercendo o papel de mãe e dona de casa. Essa crítica incendiou o cenário social, especialmente nos Estados Unidos, que foi invadido por mulheres que queriam trabalhar, sustentarem-se sendo totalmente independentes e buscando igualdade em questões de trabalho e salários.

A partir dessa onda o feminismo passou a lutar tanto pela liberação sexual da mulher, quanto por uma mudança na concepção de que a mulher é mais frágil que o homem e de que a mulher deve ser esposa e mãe, porque esses papeis tradicionalmente concebidos passaram a ser vistos opressores.

Por fim, a terceira onda movimento feminista começou na década de 1990, como resposta às supostas falhas do movimento anterior. Esta terceira fase do movimento se apresentou como meio para corrigir as falhas e as lacunas deixadas pela segunda onda. Dentre as questões mais importantes defendidas pelas mulheres dessa fase estão as discussões relativas à questão cultural, social e política da cor, principalmente a participação da mulher negra na sociedade, porque na segunda fase o movimento se baseava essencialmente nas experiências de mulheres brancas de classe média alta norte-americanas e britânicas. Então, elas tentaram desassociar o feminismo a esse padrão ou estereótipo. Essa terceira onda também passou a enfatizar que não há não diferenças entre homens e mulheres e que os papeis de um e de outro estão socialmente condicionados. Esse movimento foi marcada por diversos questionamentos internos e um olhar crítico das feministas sobre o próprio movimento.

            Vale destacar a influência da filósofa francesa Simone de Beauvoir, que escreveu a obra O Segundo Sexo, essa obra foi publicada em 1943 e passou a influenciar o Movimento Feminista a partir da segunda onda. Esse é um bom livro para se conhecer as bases do Feminismo Moderno. (A vida de Simone de Beauvoir inclui entre muitas polêmicas sua luta pela legalização da pedofilia, e acusações de abuso sexual de menores). Nesse livro O Segundo Sexo, a autora defende que a condição da mulher na sociedade é uma construção da sociedade patriarcal, que as distinções de papéis entre homens e mulheres são meras construções sociais e não uma questão biológica.

Simone de Beauvoir era ateia: “Era me mais fácil imaginar um mundo sem criador do que um criador carregado com todas as contradições do mundo”. É obvio que partindo do pressuposto de que não existe Deus não é de se admirar que ela tenha feito afirmações como esta:

 “Não se nasce mulher, torna-se”

            Essa frase basicamente define o seu pensamento que se tornou um dos argumentos básicos do feminismo.

            Outra frase que caracteriza o pensamento dela é:

“Na minha opinião, enquanto a família, o mito da família, o mito da maternidade e o mito do instinto maternal não forem destruídos, as mulheres continuarão a ser oprimidas”.

A partir dessas ideias o Movimento feminista, passou não só a negar as diferenças entre homens e mulheres como afirmar que ninguém nasce homem nem mulher, tudo não passa de uma construção social. De modo que as mulheres deve se libertar da ideia de gênero que foram construídos apenas para oprimi-las.

Para alguém que não crê em Deus conclusões como estas não são de se estranhar, o grande problema é quando moças cristãs começam a crer e defender esses mesmos argumentos. É preciso mostrar a elas como o Feminismo ataca diretamente o desígnio de Deus.

Existe um movimento crescente de feminismo cristão no Brasil. Nos EUA, esse movimento começou questionando o papel da mulher na igreja. No princípio esse movimento ainda partia do pressuposto de que a Bíblia era a palavra de Deus, mas com o tempo a Bíblia passou a ser cada vez mais questionada. Inicialmente as feministas cristãs afirmavam que por séculos a interpretação bíblica foi machista, que não havia diferenças entre homens e mulheres e que qualquer diferença era mero resultado de construções sociais. Com o tempo a Bíblia passou a ser interpretada sob o conceito pós-moderno de que a escrita e a leitura de qualquer texto são determinadas pelas perspectivas sociais e experiências de vida dos seus autores e leitores.

Empregando-se este princípio de interpretação à Bíblia, as feministas cristãs concluíram que ela é um livro machista que reflete o patriarcado dominante na cultura israelita e grega daquela época, de modo que esses textos se aplicam somente aos cristãos da época e contexto em que foram escritos. A esta altura, as feministas americanas já haviam abandonado o conceito de que a Bíblia não contém erros. As feministas cristãs americanas então começaram a rejeitar a Bíblia, porque segundo elas, foi escrita por homens machistas (mas como ela pode ser a Palavra de Deus e ao mesmo tempo conter erros como machismo?!), por isso passaram a propor uma nova interpretação bíblica sob a ótica feminista, mudando termos como “Filho de Deus” a fim de criar uma linguagem mais inclusiva.

Por mais extremo que isso possa parecer, é uma triste realidade nos EUA, e o que se percebe é que à medida que essas mulheres cristãs foram abraçando o feminismo por um lado, por outro elas foram negando a Palavra de Deus para adequá-la as suas ideologias. Essa triste realidade torna fundamental uma análise do Feminismo à luz da Bíblia.

 Fontes:

http://www.infoescola.com/sociologia/feminismo/

http://brasilescola.uol.com.br/historiab/feminismo.htm

http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/feminismo-que-e.htm

http://otempora-omores.blogspot.com.br “Feminismo cristão, como tudo começou”.

  • Homens e Mulheres – John Macarthur, Ed. Textus
  • Homem e Mulher – John Piper e Wayne Grudem, Ed. Fiel
  • O Feminismo Evangélico – Wayne Grudem, Ed. Cultura Cristã
  • Confrontando o Feminismo evangélico – Wayne Grudem, Ed. Cultura Cristã
  • O segundo sexo – Simone de Beauvoir, Ed. Difusão Europeia do Livro