Ele é adorado


No capítulo 1de Lucas, nos deparamos com a concepção inesperada de duas mulheres: Maria e Isabel. Por muitos anos, Isabel esperava por um filho, mas era uma mulher infértil. Como noiva, Maria esperava pelo casamento para constituir a sua família. Nesse cenário muito improvável, Isabel fica grávida, e Maria é surpreendida pelo anjo Gabriel, que lhe diz que ela conceberia por meio do Espírito Santo e daria à luz um menino, que seria chamado filho do Altíssimo Deus.
Depois de receber a notícia, Maria vai até a casa de Isabel. Ao se encontrarem, o bebê no ventre de Isabel pula de alegria. Depois de ter sido cheia do Espírito Santo, ela entendeu imediatamente o que estava acontecendo. A visita de Maria levou luz à espera de Isabel, e a adoração de Isabel confirmou o que Maria já tinha ouvido do anjo Gabriel.
Esses acontecimentos apontavam para o cumprimento da promessa que Deus havia feito lá em Gênesis, apontavam para aquele que viria, e o filho de Isabel, João Batista, era quem prepararia o caminho para o Messias. Aleluia! Assim como o povo de Deus no passado esperava pela primeira vinda de Jesus, nós também hoje esperamos juntos a segunda vinda do nosso Senhor, aquele que foi adorado no ventre, porque era o Salvador prometidodesde o Éden.
Assim como Abraão confiou nas promessas que Deuslhe havia feito (Gn 12:1-3), Maria creu na mesma promessa feita a Abraão, que Deus lhe daria uma descendência, e hoje nós cremos naquele que já veio, que trouxe esperança ao mundo, por meio do qual a graça de Deus brilhou de maneira tão intensa e gloriosa como nunca antes. Em um ato humanamente inexplicável, o próprio Deus se fez homem, tomou a forma de menino, tomou a forma de criatura, a fim de que nós pudéssemos ter esperança verdadeira, e corações transformados para enxergar o próprio Deus, nos relacionar com ele e nos alegrar pelos seus feitos.
O relato de Maria e Isabel ainda nos lembra de que a vida começa no ventre. Ela não deve ser interrompida. E assim como o bebê no ventre de Isabel pulou de alegria, hoje somos chamadas a celebrar por cada vida que é concebida.
Aprendemos também com essas duas mulheres sobre a importância da comunhão entre os santos, de esperarmos juntos pelo cumprimento das promessas do Senhor, compartilhando as alegrias e tristezas, louvando a Deus juntos. Por intermédio de Cristo, o vínculo de Maria e Isabel foi fortalecido. Elas se uniram. Mesma fé, mesma esperança, mesma segurança.
De igual maneira, Cristo nos une, não nos isola. Não temos um Salvador individual. O Senhor veio para salvar um povo. Lembramos que não estamos sozinhas, temos irmãs em Cristo com quem nos relacionamos. Eu preciso delas e elas precisam de mim. Como o relacionamento de Maria e Isabel, somos chamadas a estar unidas nas promessas de Deus, a ajudar-nos mutua- mente à luz das Escrituras, a enxergar o que Deus tem feito no seio da sua igreja, e a encorajar uns aos outros a perseverar na caminhada da fé.
Que o Senhor coloque em nossa vida amizades que, como Maria e Isabel, adoram o Cristo encarnado juntas, esperam juntas por Sua volta e se alegraram nele juntas.

Por: Edjane Miguel