SOMOS TODOS HUMANOS

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São tempos difíceis para a humanidade. Nos tornamos cada vez mais superficiais, vazios e mesquinhos, andamos muito mais preocupados com os filtros do que com as palavras.
A vida humana tem sido tão desvalorizada, ao ponto de se tornar descartável. A violência, seja em palavras ou ações, a ira, a falta de amor ao próximo, o excesso de amor a si mesmo – sinais descritos em 2 Tm 3:1-5 – se tornaram parte da normalidade.

Sim, o mundo está em crise e a humanidade está doente, basta olhar ao redor, abrir as redes sociais, ligar as televisões. Mas a doença não se deve apenas à propagação do vírus que estamos enfrentando. Há tempos a moralidade tem padecido, mas ninguém declarou que pelo bem da humanidade ela deveria ser colocada em quarentena. Mas, há esperança, quem sabe agora, em nossos clautros, seja tempo de analisar nossa própria doença.

Talvez, no fim das contas, um momento como esse possa nos ensinar muitas lições:

(1) Valorizarmos a vida humana que nos últimos tempos tem valido menos que a de um animal;

(2) Lembrarmos que apesar das diferenças que nos separam, idade, cor, gênero, ideologia política, ou fé, algo maior nos une: nossa humanidade;

(3) Percebermos que a humanidade é o bem mais precioso sobre a face da terra e preservá-la é um dever inerente à própria natureza;

(4) Que todos têm o direito de viver e todos têm o dever de preservar a vida, a sua e de quem quer que seja;

(5) Que ricos, pobres, negros, brancos, conservadores, progressistas, homens, mulheres, idosos ou nascituros, somos todos humanos;

(6) Que não tem a ver com quem está mais certo ou errado, pois não se trata de uma disputa;

(7) Que no fim das contas todos somos vulneráveis, não pela faixa etária mas, simplesmente, porque somos humanos;

(8) Que o lar e a família sempre serão um refúgio, ainda que o mundo inteiro esteja se desintegrando. Valorizemos nossos lares e oremos por aqueles que não o tem;

(9) Que somos parte de algo muito maior do que nossa própria existência e dependemos uns dos outros para existirmos;

(10) Definitivamente, não somos independentes, precisamos de Deus acima de tudo e precisamos uns dos outros.

Que esses dias sombrios produzam bom fruto em nós, que a humanidade saia vitoriosa dessa luta, não somente contra o vírus, mas contra sua própria doença.

No Amor de Cristo,

Prisca Lessa