Quando a alma grita, sente fome de Deus

Melancolie de Albert György, localizada às margens do Lago Genebra

A busca de plenitude naquilo que é finito resulta em um infinito vazio. O engano do nosso coração é pensar que a realização dos nossos anseios é o que trará o infinito deleite que tanto buscamos. Isso frequentemente produz em nós uma grande insatisfação com a vida: com quem somos, com o lugar onde estamos, as coisas que fazemos, as pessoas com quem nos relacionamos e produz a empolgante ilusão de que uma mudança em algum desses aspectos da vida irá nos proporcionar plena satisfação. O fato é que uma mudança pode até ser empolgante a princípio, mas passado algum tempo nos deparamos novamente com aquele mesmo vazio e insatisfação e então (re)surge a necessidade de nos lançar em uma nova busca por novos relacionamentos, novos ambientes… Um círculo vicioso.

Felizes aqueles que no auge do vazio correm para Deus a tempo de descobrirem que quando a alma grita é porque está com fome de Deus! Lugares, pessoas, entretenimentos podem até disfarçar a fome por um tempo, mas não nutrem a alma daquilo que ela realmente necessita: Seu Criador. “Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude da vida e a primavera são vaidade. Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Eclesiastes 11:10 – 12:1)