Para mães ansiosas – Uma conversa sobre maternidade e ansiedade

A maternidade é um presente precioso, um chamado divino que reflete o amor sacrificial de Cristo. Mas, junto com sorrisos, primeiros passos e momentos de ternura, surgem também medos silenciosos, incertezas e uma ansiedade que rouba nosso fôlego.

Para mães que desejam criar seus filhos nos caminhos do Senhor, a ansiedade surge por diversos motivos: medo de errar, repetir seus pecados e feri-los; culpa por não serem “boas o suficiente”; comparação com outras mães e irmãs na fé; cansaço extremo; esforço para não murmurar nem ser ingrata com o Senhor; preocupação com o futuro deles; e pressão para dar conta de tudo enquanto discipulam seus corações.

A verdade é que a maternidade escancara nossas limitações. Somos chamadas a ensinar e desenvolver o caráter dos pequenos segundo a Palavra, cultivar virtudes e encorajar a fé, embora não controlemos os resultados. Para mães que amam a Deus, entendem o poder da graça e da esperança e desejam ver seus filhos andando na Verdade, essa falta de controle pode ser dolorosa. Como lidar com essa ansiedade?

Em primeiro lugar, precisamos reconhecer que a ansiedade não é simplesmente fraqueza emocional. Algumas mães podem, sim, lidar com transtornos psicológicos e enfrentar maiores dificuldades com tais questões, mas há uma instância que diz respeito à nossa confiança no Senhor. A ansiedade é, muitas vezes, um chamado do nosso coração para nos lembrarmos de quem é Deus.

Em Filipenses 4:6,7, Paulo nos lembra: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes, em tudo, sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.”

A maternidade nos leva ao limite e, nesse lugar, encontramos a suficiência de Cristo. A ansiedade pode ser uma oportunidade de entrega e um lembrete de que nossos filhos não nos pertencem, que nossa vida não está sob nosso controle absoluto e que nossas emoções também precisam ser rendidas ao pé da Cruz. Embora muitas vezes isso seja angustiante e difícil, é bom. O que muito vale, muito custa, e há beleza nisso também.

A Palavra nos ensina sobre a soberania de Deus. Não há verdade mais confortadora que essa para o coração ansioso de uma mãe. O Senhor que escolheu você para ser mãe é o mesmo que governa todas as coisas com perfeição. Ele vê seus esforços invisíveis, suas lágrimas silenciosas, suas orações noturnas.

Apegue-se às promessas de Deus, leia os Salmos, ore enquanto amamenta, lava a louça ou faz seu filho dormir. Permita-se descansar na certeza de que, mesmo quando se sente fraca e falha, a graça do Senhor é suficiente. Fale com outras mães e irmãs da fé, busque aconselhamento, confesse suas angústias diante de Deus e, acima de tudo, lembre-se de que sua identidade está em Cristo, não no seu desempenho como mãe.

Você não precisa ser perfeita. Precisa ser fiel. E, mesmo quando sua fé for pequena, Jesus continua sendo um Salvador poderoso.

Ana Staut

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